domingo, 25 de novembro de 2018

Doçura


Senti teu calor no ar. Teu cheiro pairava como perfume de lavanda. 
Senti teu sabor, tua leveza, tua pureza, teu amor.
Senti tu. Senti eu. Senti nós.

Seus dedos tocaram minhas mãos quando menos esperava. 
Quando dei por mim, nossos dedos estavam entrelaçados, numa sincronia perfeita. 
Seguíamos o caminho com passos de formiga, mas com vontade.
Vontade de estar juntos, de estar bem, de estar feliz.

Nossos olhares se cruzavam, e nossos lábios se abriam para um sorriso.
Sorríamos para algo que só nossos olhares podiam compreender.

Nossos pés formavam um caminho na beira da praia.
Um caminho torto, mas era o nosso caminho.
Um caminho com alguns tropeços, alguns defeitos.
Um caminho sem igual. 
Um caminho só nosso.

As flores no jardim pareciam mais coloridas desde que nós chegamos lá.
As folhas estavam mais verdes, o campo mais belo, e o Sol mais forte.
A chuva pareceu dar trégua, e talvez tenha até decidido ir embora...
Só assim pra gente ficar ali, abraçados, juntos.
Tudo parecia se encaixar perfeitamente...

Anoiteceu, e lá estávamos nós.
Os insetos invadiam as portas e janelas, irritando, mas, ainda assim, estávamos ali.
O sono pairava, insistia em atrapalhar, mas ainda assim, estávamos ali.
A noite veio, o sono venceu, e tudo escureceu.
Mas nós, estávamos ali, um para o outro. 
Estávamos ali, prontos para acalmar nas noites de pesadelo, 
e também para fazer rir, quando veio o medo da escuridão.

Amanheceu, e o Sol entrou pela janela.
E você ali, deitado ao meu lado.
Mesmo sonolenta, me levantei até você.
Quando menos percebi, meus dedos alisavam seu cabelo.
Seus olhos se abriam.
E um novo dia havia começado.

Quem me dera ter a sorte e a felicidade de poder acordar 
nessa doçura, nessa leveza, nessa calmaria,
ou até mesmo no tumulto, no nervoso, no escuro,
mas com você ao meu lado,
todos os dias...



Caçadores de morango! 


Te amo


Segredo Sujo © 2008 ♡ 2024