E então hoje seria o dia que você pensaria: 'Afinal, por que eu não fiz aquilo? Por que?', e então você lembraria que não fez porque teve medo, receio, vergonha do que as pessoas poderiam pensar e a forma que elas poderiam te julgar, certo?
Bateria aquele desespero, né?
Como será que deve ser morrer arrependido por algo? Digo, não somente arrependido por não ter feito algo que gostaria, mas algo mais sério, como um pedido de desculpas por egoísmo, um telefonema que você não deu por insegurança, um sms que você não enviou ou não respondeu por um motivo banal, ou um abraço inesperado, ou um sorriso, mesmo que seja curto, que você deixou de dar para um amigo, para seu irmão, ou para seus pais. Deve ser uma sensação horrível, né? Não morrer em paz consigo mesmo, morrer com raiva e com arrependimento...
A gente não tem hora prá morrer, nem o mundo tem hora prá acabar. Mas e se realmente tiver? E se o mundo realmente acabar amanhã, mas você morrer ainda hoje, na véspera? O mundo acaba quando a gente morre, e a gente pode morrer a qualquer momento. Nunca se sabe o que pode acontecer.
E aí? E se a gente morrer, assim, de repente? E se quem a gente gosta morrer de repente? De quantas coisas nós vamos nos arrepender de não termos feito?
Aprendi a viver cada momento, cada dia, um depois do outro, tentando
aproveitar o máximo, e dar valor à coisas e momentos, pequenos e simples, e dar valor às amizades, e não trocar um amigo de verdade por nada nesse mundo. Passei a dar mais abraços, beijos, sorrisos, carinho e atenção, a dar o melhor e o máximo de mim. Aprendi a ser uma pessoa melhor. Aprendi (e finalmente aprendi) que devo fazer o que eu bem quiser e bem entender, sem medo, sem vergonha e sem desperdiçar meu tempo, com medo de algo ou alguém, pois quem me julga é Deus.
É preciso aprender que não se pode deixar nada para depois, deixar o tempo passar, deixar tudo como está, porque o futuro é tão.. imprevisível, a gente é imprevisível! Tudo muda, e porque então meus pensamentos e minhas vontades não podem mudar?
Talvez se eu morrer hoje, agora, ou amanhã, eu me arrependa de algumas coisas, mas poucas, que na verdade, nem lá no fundo do meu coração eu tivesse tanta certeza se realmente queria fazer aquilo ou não.
Mas e se a gente não morrer e o mundo não acabar amanhã? Vai ficar tudo como está? Vai ficar tudo para depois? Mas e se o depois acabar de repente?
Depois pode ser tarde demais...
Todo dia pode ser o último dia. Ou todo mundo pode ser o fim do mundo. A gente nunca sabe. E nem nunca vai saber.
Sabe que hoje é dia de quê mesmo?
Hoje é dia de tentar sorrir, de tentar ser mais humano, de fazer o que sempre quis, sem se arrepender, ou sem se importar. Hoje é dia de ser feliz! E aproveitar o esse tal de fim do mundo.