domingo, 1 de fevereiro de 2015

Descobri o que é o "amor"

Todo mundo já amou alguém na vida que não o amou da mesma maneira.
Mas a gente não escolhe a quem amar. A gente simplesmente ama.
Ama sem entender o por que. Ama sem entender como.

Às vezes o amor é ingrato, e infeliz. Machuca, e até nos fazer chorar.
Mas ele também é doce. Doce, terapêutico, esperançoso e aconchegante.

Eu achava que sabia o que era amor. Mas eu não sabia.
Eu descobri que tudo aquilo que antes vivi não era amor. Poderia ser qualquer coisa, menos amor.


Eu descobri o que era o amor quando eu olhei pros olhos dele e o mundo ao meu redor parou. Era como se as pessoas ao redor simplesmente não existissem, restando somente somente eu e ele ali.

Nossos olhos se cruzaram, e foi como paixão a primeira vista. Aqueles olhos azuis pareciam um oceano, e me senti perdida dentro de um mar sem fim, e eu poderia admirá-los pelo resto da minha vida, que jamais me cansaria.
Sua mão macia na minha pele, me puxando para dançar, na primeira noite em que nos encontramos por acaso em uma festa.
Eu pensei que aquela noite seria apenas uma noite qualquer como todas as outras, mas não foi.
Ali eu descobri o que era o amor.

Eu era jovem, e idiota demais para saber o que era o amor. Eu me deixei levar pela péssima experiência com um cara babaca, ao invés de tentar arriscar meu coração e sentimento em uma nova relação.

Eu descobri o que era amor, e como ele funcionava aos poucos. Eu descobri que o amor é como uma flor, que preguiça ser regada de vez em quando para não murchar, secar e morrer. Por mais clichê que isso possa parecer, acho que é verdade.

Eu plantei a flor do amor, mas não cuidei. Me esqueci dela e acabei largando-a de lado. Deixei que ela secasse aos poucos. E só fui sentir falta quando ela estava prestes a morrer.
Pois é.

Eu deixei o amor sair da minha vida aos poucos, sem perceber.
E só percebi que eu estava apaixonada por esse homem quando descobri que ele estava indo embora do Brasil.  Senti meu mundo desabar. Bem dramático, mas é verdade.  Essa sensação de perder algo que nunca foi seu é horrível. A sensação de ter alguém que você gosta partindo para longe é pior ainda.

E então, só depois de um ano e meio eu consegui dizer para ele que o que eu sentia era amor. E por isso tanto o medo de algo acontecer. E por isso o medo de entrar em um relacionamento e quebrar o coração pela décima vez seguida.
Mas era tarde demais.
 

"O medo de amar não pode dominar."
Eu deveria ter aprendido isto antes.

Ele se foi e levou comigo uma parte do meu coração. Ele se foi e deixou saudades, lágrimas e um aperto no peito, misturado com uma vontade de tê-lo (de volta) em minha vida.

Mas, sinto que nossas vidas não se cruzaram por acaso.
E eu espero um dia poder reencontrá-lo, e compartilhar todo esse amor que está aqui, retido, guardado e um pouco escondido. Espero reencontrá-lo para enchê-lo de beijos e dizer que eu estava errada quando disse que não sabia o que fazer da minha vida.

Espero reencontrá-lo para poder dizer que sim, isso é amor.


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