sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Despedida


Sempre penso sobre minha vida quando é véspera de meu aniversário.
Hoje, por exemplo, penso sobre o que aprendi com esses vinte e três anos.
Meu Deus... Se os vinte e dois foram cheios de tombos, os vinte e três foram cheio de tropeços.
Tropecei, balancei, desequilibrei, mas não caí. 

Se aos vinte e dois eu emagreci, aos vinte e três engordei.

Engordei e descobri que tenho Hipertireoidismo, e que só depende - literalmente - de mim mudar a minha vida.
Descobri que tenho uma visão boa, em uma família de quatro olhos
Descobri também que sou chorona demais, mas aguento as cólicas menstruais, por piores que sejam.
Assim como as dores do coração, por mais destruidoras que possam parecer.

Descobri também que nada é eterno. Nada. 
Nem a dor, nem o amor. Nem o carinho, ou o desprezo, a indiferença, nem a solidão.
Só a saudade.
A saudade é eterna. Não tem cura, nem remédio, nem solução. 

Neste ano aprendi sobre espiritualidade, e que é apenas isso o que levamos para o outro lado: nossa alma, nosso espírito
Aprendi que preciso ser mais desapegada com o material, e mais apegada àquilo que me eleva, me faz crescer como pessoa, como filha, como irmã, amiga, mulher... Como Jeyse. 
Aprendi que nada daqui se leva. Somente os bons momentos, os bons amigos, e o amor. 

Isto é, se levamos algo...

A vida é efêmera, assim como os bons momentos.
Tudo é efêmero. 
Mas o importante é que a nossa emoção sobreviva!

Vivi esses vinte e três anos de um jeito que nem imaginava viver. 
Não viajei. Não ganhei dinheiro. Nem emagreci. Nem surtei.
Mas me perdi, e me encontrei. 
Mas já me perdi de novo, fazendo um balanço da vida. Percebi que estou perdida ao vinte e três anos de idade, e preciso me encontrar nesses vinte e quatro!


Os vinte e três me trouxeram muitos aprendizados. Muitas dores. Muitas brigas, amizades perdidas, decepções, raivas e frustrações. 
Mas também me trouxe união familiar, um novo amor, carinho e paz. 


Me despeço deste ano com carinho, com amor. 
Com muito aprendizado na bagagem, com mais conhecimento sobre mim mesma, mais compreensão, menos auto desprezo, e mais amor próprio, por mais e mais difícil que pareça.

Me despeço com o coração cheio de alegria, agradecida aos céus, à Deus, ao Senhor, por mais um ano de vida, mesmo tropeçando, mesmo com tantos problemas, mas ainda assim, viva!

Obrigada, vinte e três, pelas doçuras, pelos desafios, e pelos problemas tidos, superados, vencidos, e esquecidos!

Que os vinte e quatro me mantenham assim, doce, risonha, sincera, amigável, amorosa e incrível!
E nesse caso, está liberado deixar a modéstia de lado!


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