domingo, 18 de setembro de 2016

Pequenas felicidades

A vida anda passando tão rápido, que às vezes tenho medo de apenas sobreviver, ao invés de vivê-la de verdade. Quanto mais a gente tem, mais a gente quer ter. Quanto mais a gente gasta dinheiro, mais a gente quer ter para gastar. E quanto mais a gente vive, menos acha que de fato viveu.

Estou cansada dessa rotina: de casa para o trabalho, do trabalho para casa, de casa para a faculdade, casa. E agora acrescento essa onda de estágio no meio disso tudo. E, assim, tenho percebido que meus dias estão sendo gastos na frente de um computador, de uma máquina, dentro de uma sala de aula, e que minhas mãos mais seguram um mouse ou uma caneta do que qualquer outra coisa no mundo.
Estou cansada. Estou presa. Estou solitária.
Vocês já tiveram essa sensação também? São dias difíceis para os admiradores da liberdade. Me questionam sobre meu futuro, e eu digo que não quero ficar refém a uma rotina, ou refém de regras e uniformes. Pelo jeito, tô vendo que trabalhos muitos formais serão possivelmente dispensados. Ou não.

Agora, tenho valorizado cada vez mais os dias que tenho. Tenho olhado cada vez mais para o céu, para as flores, para as pessoas, para mim. Sinto saudade de dias à toa. Sinto saudade de noites na cama. Sinto saudades de pintar a unha umas cinco vezes no sofá do quarto. Sinto saudade de caminhar. Sinto saudade de amar.

Mas, de certo modo, estou aprendendo a valorizar (novamente, e mais forte) todas as pequenas felicidades do cotidiano.

Eu adoro fazer programas repentinos, sem planejamento, e sem regras. É divertido, mesmo que seja cansativo.
Domingo passado fomos à Paraty. Sei lá quantos anos não estive por aqueles cantos. 
A Serra, a estrada, as árvores, as flores, o cheiro diferente no ar, as ruas, o clima. 

Foi um dia comum, simples, mas que deu um amorzinho no coração.


Essas ruas, essas Primaveras, esse chão, e esse azul do céu. E o pôr do Sol?
Como não amar?

Uma foto que resume meu ser: Sol, flor, vermelho.
Melhor resumo, impossível.




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