terça-feira, 31 de outubro de 2017

Baque, chacoalhão, susto...


Há tempo não recebia notícias ruins.
Há tempo não pensava em riscos, em problemas, em soluções, em tempo livre, meu tempo, minha mente, meu corpo, meu coração...
Me perdi, e só me dei conta de que estava perdida quando veio um baque. Chacoalhão. Susto. Tapa na cara. Balde de água fria. Ou qualquer coisa que resuma o que eu levei. 

Neste mês, descobri, por diagnóstico sanguíneo e médico, que tenho um distúrbio chamado Hipertireoidismo.
Confesso que há tempos estava pensando nisso quando por acaso li na faculdade um artigo sobre. Os sintomas, como a sudorese, tremedeira, nervoso, picos de sentimentos, estresse... tanta coisa se encaixava nesse diagnóstico, que até me assustei.
Mas não fiquei tão surpresa quando soube. Só tive uma sensação...

Sensação estranha.
Sensação estranha porque há tempos me sinto estranha. Há tempos não tenho conseguido manter o equilíbrio, mental e físico, o temperamento em dia, o ânimo, a vontade de sair de casa e terminar um dia...

Como tem sido difícil esses dias por aqui.
Na verdade, dois mil e dezessete está esquisito. Começou tão bem, parecia que fluiria tão leve...
Mas está leve. Está leve do lado de fora, nos relacionamentos, nas finanças, no emprego...
Mas não está leve aqui, na cabeça.

Desgraçamentos diários, dúvidas constantes, decepções pessoais, dilemas desnecessários, insegurança inconstante, pensamentos confusos... Meu Deus! Quanta pressão pra uma pessoa de vinte e três anos.

Sinto um peso enorme nas minhas costas, e acredito que se deve ao fato de não saber o que de fato quero da vida. Ao mesmo tempo que quero ficar quietinha, no meu cantinho, nessa vida serena, quero também sair debandando mundo a fora.

A parte boa, apesar de tudo de ruim que aconteceu, é que meus exames estão bons. Sim, bons, mesmo que não pareça fisicamente, fisiologicamente está tudo bem. Amém.

Minha cabeça anda a mil com diversas situações. Não consigo, desde o primeiro dia do mês, acordar cedo pra caminhar.
Coloquei a culpa na chuva, que anda caindo sempre no horário das seis, sete da manhã. Coloquei a culpa no horário de verão, afinal, leva tempo para se acostumar. Coloquei a culpa agora nos acontecimentos da família, pois não consigo pegar no sono.
É verdade. Mas também é mentira.
Não consigo acordar cedo por causa dos desgraçamentos que estão na minha cabeça.
Auto estima no chão, ânimo no espaço (negativo), e vontade de viver zero.
Apesar de saber que preciso dar graças a Deus pela minha vida.
E que me desesperaria se fosse eu deitada em uma maca de hospital, em coma, respirando com a ajuda de aparelhos, igual a minha avó.

Mas a parte boa disso tudo, é que este mês está acabando.
Assim como esse ano.

Sábado é meu aniversário. E pra mim, é aí que começa um novo ano.
Quatro de Novembro é sempre um ano novo pra mim.
É sempre um dia de recomeço, de felicidade, de vontade de viver, de alegria.
E de agradecimento.
Agradecer por mais um ano vivido, sobrevivido, e superado!

Estou com um bom pressentimento deste novo ano que está por vir!



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