sábado, 19 de novembro de 2022

A gente não escolhe o amor



Como seria bom, mas, a gente não manda no coração.

A gente não escolhe se vai gostar de alguém, e de que alguém vai gostar.
A gente não escolhe se vai se apaixonar por alguém, e nem se vai amar.


Esse lance de "a gente não escolhe por quem vai se apaixonar, mas escolhe por quem vai sofrer" é simplesmente ridículo, porque, não. A gente não escolhe o amor.
A gente não escolhe amar.
A gente não escolhe a quem amar.

Se eu pudesse escolher entre o "príncipe encantado" ou o "reles plebeu", eu escolheria o plebeu.
Príncipes encantados e pessoas engomadas não são comigo.

Se eu pudesse escolher entre verão ou inverno, eu escolheria verão.

Mas se tivesse que escolher entre não amar, ou sofrer por amor, escolheria sofrer.
Ato sadomasoquista? Talvez alguns vejam assim, mas eu não.
Vejo o amor como uma fonte de inspiração diária para pensamentos bons. Uma fonte inesgotável de sorrisos espontâneos e inacabáveis. Um sentimento inexplicável.

Seria exagero dizer que trocaria uma eternidade por noites incontáveis de amor a luz da lua e jantares a luz de velas? Seria exagero dizer que flores são melhores do que jóias, e que um sorriso é capaz de mudar muito - ou tudo - em um dia?

A gente não escolhe o amor. A gente não escolhe amar. A gente não escolhe a quem amar.

O amor parece um jogo. E eu, não costumo a ter sorte nele.
Sou dessas que gosta de arriscar, de acreditar, de se deixar levar por paixões e amores, mesmo que impossíveis sejam.
Mas nunca é um escolha. É sempre uma falha.
Amar é sempre uma falha de um coração, mas nunca de uma pessoa.
Até porque, se pudéssemos controlar ou escolher entre amar e viajar, eu, ao menos, escolheria viajar. Mas se possível, com alguém do lado. Coração fraco não tem jeito!

Mas o amor não é mar de rosas. Na verdade, parece mais um mar vermelho que precisa ser atravessado, a meio de tanto caos e turbulência, medo e incertezas.
Se arriscar no amor? Se jogar na paixão? Se repreender e esquecer tudo?
O que fazer quando a gente ama errado?

Sobre amor, tenho apenas uma certeza: a máquina de bichinhos de pelúcia ensinou a maior lição da vida: Nunca apostar todas as fichas de uma vez só.
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