terça-feira, 14 de maio de 2019

Tem dias que...


Hoje eu descobri que o cara que um dia me fez sentar pela primeira vez e escrever sobre o amor, se casou.


Ele, que me causou arrepios e calafrios, sorrisos repentinos - e também constantes -, que me fazia esquecer dos problemas, das coisas ruins, mas também que me causou dores de cabeça, crises de choro, alegria, muito amor, e, por fim, decepção, seguiu com a sua vida.

Conheceu. Apaixonou. Namorou. 
Amou. Casou.

E eu aqui, relembrando, lamentando, remoendo.

Por que tem coisas que nunca nos esquecemos?

Tem dias que quero chorar. Tem dias, que dou graças à Deus por ter me livrado.
Tem dias que fico a lembrar, a pensar, a remoer, a sentir saudade...
Tem dias que... 
Ah, dias...

Não sei se doeu mais em mim saber que ele se casou, ou ver a foto dele sorrindo, criando a filha de outro, começando uma nova história, com novas descobertas, chances, e me deixando enterrada, soterrada, esquecida, apodrecida na memória do seu passado.

Como doeu saber que tudo aquilo que eu havia planejado, pensando, imaginado, sonhado, desejado para nós dois, aconteceu com outra pessoa.
Como doeu saber que a nossa história se encerrou aquele dia ali, no passado, há anos atrás, e desde então, ela só é isso: passado
Passado e nada mais.

Como doeu saber que agora a vida dele segue. 
Segue com outra, com outros, em outro lugar, em outro momento.
E a minha... 
Bem, a minha fica por aqui, com saudade, dor no peito, tristeza e decepção.

Que chororô, que amargo, que indelicado e dolorido é saber que alguém continuou, enquanto você... ficou.




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