28 de Setembro.
Duas horas.
E desespero.
Duas e pouco da manhã e tive um desespero.
Me faltou ar.
Coloquei dois travesseiros para dormir, e ainda com falta de ar.
Sentei no chão do banheiro.
Chorei.
Mais falta de ar.
Dor no peito.
Não consegui engolir a saliva.
Que desespero.
Duas e pouco da manhã, e eu estava ali, sentada no chão de quarto, entre desespero, falta de ar e choro, escrevendo no microblog, e pensando se deveria ou não acordar meus pais ou irmã para me levarem ao hospital.
Não acordei.
Chorei, chorei.
Tirei o bloqueio de senha do meu celular. Se eu morrer, não quero que ninguém se preocupe em abrir meu celular.
Chorei, chorei.
Sentei no banheiro, e orei.
Era só o que eu poderia fazer.
Não sei o que tive, mas definitivamente essa foi a pior noite da minha vida.
Seria um problema no coração?
Seria hormônio?
Seria sequela da dengue?
Ou crise de ansiedade?
Nove horas da manhã e eu acordei.
Nem sei como dormi.
Eu tô viva depois da pior noite que vivi na minha vida, e eu só tenho que agradecer a Deus por isso.
Instalei o aplicativo do plano de saúde no telefone.
Primeiro passo: marcar cardiologista.
Marquei.
Segundo passo: marcar endocrinologista.
Ainda não marquei, mas vou marcar.
Desde que tive dengue minha vida nunca mais foi a mesma. Sempre com dores no peito, coração acelerado, pontadas no coração, e falta de ar.
Não tem sido fácil.
Sempre acho que vou morrer.
Agora, estou aproveitando cada dia como se fosse o último.
Vai que pode ser...