segunda-feira, 28 de setembro de 2020

28 de Setembro



28 de Setembro.
Duas horas.
E desespero.

Duas e pouco da manhã e tive um desespero.
Me faltou ar. 
Coloquei dois travesseiros para dormir, e ainda com falta de ar.

Sentei no chão do banheiro.
Chorei.
Mais falta de ar.
Dor no peito.
Não consegui engolir a saliva.

Que desespero.

Duas e pouco da manhã, e eu estava ali, sentada no chão de quarto, entre desespero, falta de ar e choro, escrevendo no microblog, e pensando se deveria ou não acordar meus pais ou irmã para me levarem ao hospital.

Não acordei.

Chorei, chorei.
Tirei o bloqueio de senha do meu celular. Se eu morrer, não quero que ninguém se preocupe em abrir meu celular. 

Chorei, chorei.
Sentei no banheiro, e orei.
Era só o que eu poderia fazer.

Não sei o que tive, mas definitivamente essa foi a pior noite da minha vida.

Seria um problema no coração?
Seria hormônio?
Seria sequela da dengue?
Ou crise de ansiedade?

Nove horas da manhã e eu acordei.
Nem sei como dormi.

Eu tô viva depois da pior noite que vivi na minha vida, e eu só tenho que agradecer a Deus por isso.

Instalei o aplicativo do plano de saúde no telefone. 
Primeiro passo: marcar cardiologista.
Marquei.
Segundo passo: marcar endocrinologista.
Ainda não marquei, mas vou marcar.

Desde que tive dengue minha vida nunca mais foi a mesma. Sempre com dores no peito, coração acelerado, pontadas no coração, e falta de ar.

Não tem sido fácil.
Sempre acho que vou morrer.

Agora, estou aproveitando cada dia como se fosse o último.

Vai que pode ser...
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