segunda-feira, 1 de julho de 2024

(mais um) Recomeço



Mais um dia. Mais um mês.
Mais uma vez a mesma situação.
Acostumada com poucas palavras e sumiços repentinos.
Ainda não sei porque insisto em me surpreender com certas coisas.

Mais uma vez me fechei para qualquer possibilidade de me envolver com alguém, seja casualmente, fervorosamente, ou por acaso.
Me fechei porque eu estou cansada do mesmo ciclone de acontecimentos que envolvem e carregam o evento "sair e conhecer alguém", como, primeiramente, ter que recorrer a uma merda de aplicativo de relacionamento, depois tentar puxar papo com alguém, tentar fazer com que essa converse dure um certo tempo, trocar telefones, conversar mais, tomar coragem e sair com essa pessoa, e então voltar à estaca zero, que é, mais uma vez, me questionar se isso vai dar certo ou não, e acabar tendo a resposta do melhor jeitinho possível: não tendo uma.
Afinal, a falta de resposta já é uma resposta.

Eu não deveria ser assim.
Eu não deveria ser tão idiota assim.
Também não deveria ler tantos livros assim, querendo ter na minha vida um "fast burn", desses que me deixam desorientada, desconsertada, desconcentrada e com cara de idiota.
Mas... eu sou idiota.
Joguei pro Universo algumas coisas, apesar de achar que isso não rola, mas... realmente joguei.
Joguei pro Universo que esse ano eu iria permitir me apaixonar, viver um romance, cair de cabeça e mergulhar nas doideiras, sem pensar muito.
E o que recebi em troca foram experiências que me fizeram repensar em muitas coisas, duvidar de muito e chorar pra caramba.

Tem um ditado que eu odeio, que diz: "Você colhe o que planta".
E, sei lá, de repente comecei a achar que isso é pura balela.
Não. Eu não estou colhendo o que estou plantando.
Planto amor, planto carinho, planto consideração, planto disposição, cuidado, atenção.
E colho o que?
Indiferença, sumiço, irresponsabilidade afetiva, desafeto, ausência. 
Colhendo um saco de estrume, ao invés de colher frutos gostosos para desfrutar em dias ociosos.

Caramba, eu estou cansada.

E aí, mais uma vez, nesse primeiro dia do sétimo mês do ano, cá estou, triste, vazia, cheia de dúvidas, perguntando mais uma vez se eu sou a errada, ou onde foi que eu estraguei as coisas, e cansada de chorar, me preparando para voltar a me fechar para qualquer possibilidade de relacionamento, porque não vale a pena.

Não tem compensado mais sentir a sensação de estar com vontade de se apaixonar, vontade de viver um romance de novo, porque a consequência, o que vem depois, realmente não compensa.

All Time Low disse que "talvez esse não seja meu final de semana, mas esse será o meu ano", e, puta que pariu, que ano.

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