terça-feira, 1 de novembro de 2016

Fragmentos de Outubro

Outubro foi um mês treze. Treze mesmo. 
Começou logo me dando um soco na cara, ou melhor dizendo, um pé na bunda. Também me trouxe estresse. Mas, em compensação, trouxe sorrisos também. Sorrisos, novas amizades, novos pensamentos, lutas, dias difíceis e aprendizados.

APRENDIZADO.
Tá aí uma palavra que define esse mês louco de Outubro. ♥

Aprendi no amor que nem tudo são flores.
Aprendi, ou seria relembrei? De qualquer forma, fica aqui o registro de que o amor não é obrigado a ser recíproco. Não é.
Eu, toda romântica, desconstruindo romances depois de um épico pé na bunda vs término de namoro via aplicativo de mensagem. Dá pra acreditar? Quando a gente pensa que o outro não vai fazer isso, afinal, como a pessoa mesmo disse, "Já passei por isso.", vem a vida e surpreende a gente.

Me disseram que eu colhi o que plantei.
Me recuso a aceitar isso. Não plantei descaso. Não plantei indiferença. Não plantei frieza.
Mas, se dizem que a vida é um lance de plantar e colher, vale relembrar que nem sempre os nossos plantios produzem boas colheitas.
Não é mesmo?

Mas curei o pé na bunda do melhor jeito possível: sorrindo.
Afinal, a vida é curta demais pra ficar sofrendo por um amor perdido, né?



Aprendi também o quanto é incrível trocar experiências com pessoas desconhecidas e com realidades tão distintas. 
Tem dias que eu não quero ir para o estágio, seja o de manhã ou o de noite. Mas, quando entro na escola, me recordo das coisas boas e percebo o quanto é legal fazer amizade e compartilhar experiências. 
Quem diria.
Dia desses, eu, Jeyse, de vinte e dois anos, dando conselho para uma menina de dezessete. 
CÉUS! Que doido!

Comentei aqui e aqui dias atrás, que estava a escrever cartas. Tem sido algo inspirador, renovador e acolhedor escrever cartas para desconhecidos, e receber também. 
Foi um outro aprendizado do mês: Escrever! Ou melhor, aprimorar a escrita!
Em especial, escrevi uma carta para minha amiga Ana, que viveu uns dramas que nem eu tempos atrás. 
Nada melhor que compartilhar um pouco da vida com alguém, né? É confortante saber que a gente não sofre sozinho. É deslumbrante saber que tem alguém que entende, de certa forma, a gente. ♥



Fiz um quadro de banana!
OUTRO APRENDIZADO!
Foi super difícil tirar o molde, encaixar feltro sobre feltro, mas ficou meio termo, e isso foi incrível.

Arrumei mais ou menos o quarto.


Sabe, eu não sei como eu serei como mãe, nem se serei mãe, mas se eu faço isso aqui com meus gatos, imagina com meu filho? ♥
Fofura.


No meio do caos, surgiu essa paisagem, e não sei lidar com dias de verão. Amo e quero assim pra sempre! ♥


Consegui uma brecha pra colher flores. 
Inclusive, colhi de cemitérios também! 
As primeiras são Lágrimas de Cristo, só que da branca. Colhi do quintal de casa, e achei essa combinação branco e vermelho a mais linda de todas. ♥
As outras são Primaveras, das cores rosa, ferrugem e branco. Lindas demais, céus!
Aproveitei e envernizei algumas. 
Ainda não vi o resultado, mas sinto que ficou, no mínimo, cool.



Estava a armazenar minhas flores secas em um envelope. Mas, sei lá, não sou fã de envelopes como modo de armazenar algo - claro que depende do "algo". Minha escrivaninha ficou com um espaço em vão esquisito, pois a Ísis conseguiu quebrar, não sei como, um enfeite da B.Boop que eu tinha lá em cima. Então, resolvi, e porque não, armazenar essas florzinhas em um pote. 
Pote de palmito mesmo, porque aqui é "DIY" mesmo, e pouco importa se sair meio esquisito. Porque, assim, me recuso a pagar mais de dez reais em um pote para enfeitar um lugar, e que de repente um gato pode vir e derrubar.
Calhou de ter tinta de spray preta em casa, e, nada mais do que justo, dar um toque emo-trevoso nas minhas coisas, né?



Esse aqui em baixo é o Pedro, "meu aluno" lá do estágio do EJA. Um encanto de garoto, aliás.
Certo dia, fazendo meu Sudoku no intervalo do estágio, percebi que ele ficou me observando. Depois de um tempo, me levantei e perguntei se ele queria "jogar". 
Expliquei como funcionava, e como ele deveria pensar. E prontamente ele foi lá, fazendo, encaixando os números, errando, acertando, e sorrindo, do seu jeito desengonçado.
Seu sorriso me comoveu e não resisti em fotografá-lo. ♥
Questionei se ele havia gostado, e ele disse que sim. Disse que queria um, mas não tinha dinheiro pra comprar.
Não resisti e o coração mole falou mais alto: dei um exemplar pra ele! ♥



Me desbaratinei dia desses e só sei que fui parar aqui.
Esse céu azul, esse sol, e a playlist. 
Não sei o que aconteceu, nem como aconteceu. Meu amigo me ligou e não pensei duas vezes em ir para Cachoeira visitá-lo. Matei estágio, matei serviço, matei qualquer coisa. Não foi tempo perdido, nem largado. Foi tudo tão incrível.


Ísis, a gata mais sem vergonha de todos os tempos, resolveu passar um dia do meu ladinho. 

Que Novembro possa ser um mês de aprendizado também. 
Mas, de preferência, que seja doce e leve! ♥
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