domingo, 24 de setembro de 2017

Momentos à sós


Se tem algo que gosto é de ficar em casa, sozinha, sem ninguém ao meu lado, sem ninguém por perto, e sem nenhuma perturbação ou encheção de saco. 
É tão gostoso essa solidão, essa liberdade, mesmo que temporária, mesmo que passageira, mesmo que momentânea, eu gosto. Gosto de ter a casa só pra mim, e poder desfrutar disso, nem que seja por umas horinhas, ou quem sabe, boas horas.
Desde o episódio desesperador de ficar horas na escuridão, não tive mais um tempo a sós, de dia.
Este fim de semana fui contemplada com algumas horas, e foi uma experiência libertadora!
Um dos prazeres foi poder deitar no chão do quintal e ficar debaixo do Sol de 30º C.
Mas você é louca, Jey? Foi o que pensei também. 
Fechei os olhos na tentativa de relaxar, pensando na areia da praia e no mar, mas claramente o cimento me fazia lembrar de onde estava. A cor laranja tomou conta do meus olhos, e não resisti em tirar a camiseta para tampá-los e ser queimada pelos raios.
Que delícia!

O Sol me rendeu uma inspiração para escrever, e recorri à máquina, já que o computador estava descarregado, e meu celular não comporta mais tantas notas com textos e pensamentos aleatórios.

Esbocei as primeiras linhas do que chamo de ser mais uma crônica sobre o tempo, as dores, dúvidas e sobre o amor.
Indaguei sobre as vezes em que parei para pensar no passado e em tudo o que aconteceu, o que fiz, pensei, arrisquei, e me questiono: "Será que valeu a pena?"
Por diversas vezes me vi - e ainda me vejo - presa à incerteza, à dúvida e ao arrependimento por: ter dito de mais, ter feito de menos...
E o contrário também.
Será que falei pouco e fiz de mais?
E essa teimosia em ser generosa demais e só receber resmungo e "patada"?
Como é triste se culpar pelo passado! Como é triste remoer lembranças! Como é triste querer reviver coisas para mudar outras coisas.
Triste!
Triste e dói saber que o passado não volta. Não volta mesmo. E, às vezes, nem tem essa história de mudar o futuro, porque tem coisas na vida da gente que não muda. Não muda nunca mesmo.

Não foi fácil. E talvez ninguém tenha dito que seria, pois nunca será.

Mas, tem horas que a inspiração acaba, os dedos travam, e nada mais sai dessa mente que resolve trabalhar em momentos inoportunos...


Não foi fácil... nem um dia será, mas ainda irá sair esse texto completinho!



Uma coisa que eu amo na minha casa, além dela por inteiro, é o meu quintal-jardim. 
Como amo esse verde que se espalha desde o portão de entrada e percorre todo o caminho, adentrando pelas portas e janelas de casa, se espalhando pela casa e ocupando todos os espaços em todos os cômodos (ou quase todos). 
Que delícia é ver uma pitada de verde em cada cantinho dessa casa, seja o verde vivo, ou verde seco. 
Não importa.
É natureza. É amor. É esse verde que se espalha por aí.
É esse imenso jardim.

Lolla parece amar aqui em casa também!


Por mais dias de momentos à sós!



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