domingo, 4 de novembro de 2018

Vinte e cinco


Vinte e cinco.
Vinte e cinco anos, e não acredito ainda que cheguei nessa idade.
Vinte e cinco anos, com cara de 28, cabeça de 35 e pensamentos e sentimentos de uma adolescente.
Como a vida é divertida! E dramática. E exagerada!

No meu aniversário sempre chove.
Ou, se não chove, faz muito Sol.
Vai entender, né?
Primavera é assim.
Acho que nasci no tempo certo!


Na vida, tudo é um pouco de tragédia grega, drama mexicano e sentimentos londrinos.
O que nos resta é saber equilibrá-los e viver com o coração leve, a mente firme e os passos no caminho certo.
Durante esses 365 dias que vivi com 24 anos, muita coisa mudou. 
A começar pelo choro. 

CHORO
Meu aniversário do ano passado foi alegre, mas também triste. Com a minha avó internada na UTI do PS, tudo ficou mais difícil e delicado de comemorar. Enquanto eu celebrava a vida, minha avó lutava por ela. Logo depois, veio uma crise dramática no relacionamento amoroso, e também no familiar.
Mas, tudo ao seu tempo, e as coisas começaram a se ajeitar.
É aquele ditado: "Nada como um dia após o outro...". Mas, entre um dia e outro, muitas noites de choro aconteceram. E doeu. E como doeu!
Perder a minha avó foi a maior dor dos meus 24. Foi um buraco, que começou pequeno, foi tampado por um tempo (quando supostamente achamos que ela estaria bem), e se abriu de novo, para nunca mais fechar (quando ela se foi).

AMOR
Aos vinte e quatro descobri que o amor é essa coisa que arranca suspiros, amolece as pernas e acelera o coração, mas também é essa coisa que traz raiva, nervosismo, estresse e desentendimento. 
Brigas em família já é "quase" rotina, infelizmente. Mas, briga em namoro... Essa foi novidade! Por várias vezes quis "chutar o balde", "abandonar o barco", "pular fora", ou mandar ir catar coquinhos, mas acho que o amor é isso, né? Aprender a superar cada dia com... amor!

RELIGIOSIDADE
Meus sentimentos mudaram muito desde que minha avó se foi, ainda mais depois que perdi duas amigas em um acidente trágico na Páscoa. Foram momentos de choro, de tristeza, profunda saudade, mas também foram tempos para pensar e refletir: "Quando irei partir?" - Não sei. Não sei e tenho medo. Sigo com medo, mas com a fé em Deus e em Cristo Jesus de que a vida não acaba aqui. A fé tem me ajudado e muito a superar medos, apascentar o coração, compreender os momentos e as dificuldades que estão ao meu redor.
Deus é top demais!

COMPORTAMENTO
Aos vinte e quatro, eu me senti com quase quarenta! Quis cuidar de tudo! Inclusive daquilo que não cabia a mim cuidar.
Encontrei, finalmente, meu estilo de vida: esse aqui, calmo, sereno, despreocupada, mas também exagerada e dramática, que gosta de se jogar de cabeça, mas só se for em algo profundo e concreto. 
Cansei de mergulhar no raso, de procurar no vazio, de me perder no que já está perdido.
Essa aqui sou eu: calminha, em casa, curtindo um Sol na cara, com minha gatinha do lado, ou deitada na cama, vendo um filme qualquer na tv, ou mais um desenho animado, comendo pipoca e curtindo um tempo livre.
Também me tornei uma pessoa disposta a ajudar cada vez mais os animais de rua. Neste ano que se passou, gastei uma boa grana com ração pros bichanos, remédio pra Shakira, e sachê pro gatinho Chorão
Essa sou eu! ❤

AMOR PRÓPRIO
Aos vinte e quatro, eu quase desisti de mim. Me deixei de lado, me descuidei, me esqueci. Me burlei, me descontrolei, me entristeci, me decepcionei. Me odiei, me amei, me arrependi, e por fim, decidi que seria melhor mesmo me amar, porque, tem certas coisas que não dá pra mudar.
Esse tem sido meu maior desafio: acreditar e confiar em mim mesma. Me amar, me aceitar, me querer, me desejar, me incentivar, me motivar, me encorajar, me ousar.
Como tem sido difícil essa tarefa de me amar!

Aos vinte e cinco não teve festa. 
Não teve a festa de gatinhos que eu planejei ano passado. 
Aos vinte e cinco não teve viagem pra Salvador (ao menos por enquanto).
Mas, teve amor.
Teve também meus pais ao meu lado, minha irmã, minha tia preferida, e meu namorado. 
Também teve meus gatos e meus cachorros.
E teve strogonoff de frango! E meu bolo preferido!
E jogo do Corinthians, que não ganhou, mas, né, a gente ama mesmo assim.

Muito amor! ❤

E que venham mais anos pra poder sorrir, rir, chorar, cantar no chuveiro, tomar chuva, me olhar no espelho, comprar livros, usar batom vermelho, repetir vestidos, ter dor de cabeça, pisar no mar, e amar, amar, e amar...


QUE SEJA DOCE! 



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