sábado, 16 de março de 2024

Não é só uma fase, mãe! (nunca foi)




EU DEMOREI QUINZE ANOS PARA VIVER ESSE DIA!!
E QUE BELO DIA PARA ESTAR VIVA!!!!!!!!!!!!!!!

No dia 02 de março de 2024, realizei o sonho de ver minhas bandas favoritas desde a adolescência, apenas na minha companhia, como a boa e velha emo caipira lá do passado 🖤

Eu não tenho palavras para expressar a emoção de ter vivido isso.
Eu não tenho palavras para agradecer por ter vivido isso.
EU NÃO TENHO NEM MAIS DINHEIRO DEPOIS DISSO, MAS EU TEREI LEMBRANÇAS DESSE MOMENTO PARA SEMPRE!!!!

Ouvindo ao vivo a música que mais ouvi na adolescência (Move along), a música que deu nome ao  blog (Dirty little secret), a música que eu cantava pra esquecer uma decepção amorosa (Break your little heart), a música que me acompanhou na minha primeira viagem sozinha (Sleepwalking), a música da minha vida (Welcome to my life), e a música que eu chorava ouvindo enquanto tomava banho no banheiro dos meus pais, assim que chegava da escola pra ir trabalhar, com 14 anos, PERFECT.
E tantas outras músicas que fizeram e ainda fazem parte da minha playlist 🖤

Eu jamais imaginei, em toda a minha vida, que aquela garotinha emo, a diferente da turma, a esquisita que só usava preto, ia estar lá, naquele dia, naquele lugar, ouvindo e cantando aquelas bandas.
Isso significa muito para mim. Não somente a Jeyse do presente, no auge dos seus 30 anos, mas para a Jeyse de 14 anos. 
Nunca foi fácil ser uma emo, ainda mais no interior de São Paulo. 
Eu queria usar preto, e minha mãe odiava quando eu usava preto no sol, assim como implicava comigo por ouvir "essas músicas de emo", e por usar colar de bolinha, cinto de rebite, franja na testa e lápis no olho. 
Nunca tive muitos amigos, porque, sabe, a vida de uma adolescente gorda não é fácil – só quem é ou já foi sabe –, e fazia da música minha válvula de escape, de alegria, de paixão.

Me lembro da primeira vez que ouvi pop punk emo: 2006.
Minha saudosa amiga Samira me apresentou Green Day quando eu estava na 6ª série. Nos aproximamos porque éramos as únicas emos da escola: as únicas com franja na testa, lápis no olho, cinto de rebite, colar de bolinha, tênis all star, e um gosto musical que não era compatível com os outros.
Me recordo de ir pra casa dela aos sábados só pra gente deitar na cama, e ouvir cds gravados de bandas que ninguém parecia conhecer, e falar de assuntos que só a gente entendia, como "garotas rebeldes".
Green Day foi a porta de entrada para um universo que eu AMEI conhecer, e que fez – E AINDA FAZ – parte da minha vida.
Através do MySpace conheci todas as bandas que escuto desde 2006 e até hoje no meu fone de ouvido.
Essas bandas (e tantas outras) são minhas bandas favoritas, minha conexão com meu passado, meu estilo de vida, de pensar, de usar, vestir, cortar o cabelo, e tanta coisa.

NÃO É SÓ UMA FASE, MÃE!!!

Só quem foi um emo solitário no interior de uma cidade de merda sabe e entende. 

Hoje, eu não sei onde a Samira está, nem se ela esteve no show também, muito menos se ela ainda gosta das bandas, mas... meu Deus, Sah, onde quer que você esteja, quero que saiba: Obrigada! Esse momento é nosso!!! Te amo 🖤

A Jeyse emo do passado se sente extremamente orgulhosa da Jeyse emo do presente! 🖤
Nunca deixando de ser quem é, mesmo que tenha um dia tentado disfarçar o gosto musical, o estilo de se vestir, as unhas sempre pintadas de preto e o guarda roupa bicolor.




Como disse o Lucas, da Fresno: EU NUNCA FUI EMBORA!
It's not a phase, mom!
EMO STILL ALIVE!!!!!!!!!

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